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terça-feira, 4 de março de 2014

Câncer de Pulmão e a Radioterapia



O câncer de pulmão se desenvolve a partir do crescimento desordenado das células provocando o aparecimento de um tumor. Esse tumor têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo.
Os diferentes tipos de câncer de pulmão podem aparecer também em diferentes tipos de células que pertencem ao órgão, por exemplo, nos brônquios, nos bronquíolos ou nos alvéolos.
Para o diagnóstico de câncer de pulmão os médicos utilizam uma série de exames que ajudam também a verificar se a doença já está disseminada. Alguns exames permitem determinar quais tipos de tratamentos serão mais eficazes.Para a maioria dos tipos de câncer, a biópsia é a única maneira de fazer um diagnóstico definitivo de câncer.
Para definir o tipo de exame adequado para cada paciente o médico leva em conta fatores como:

* Tamanho, localização e tipo de lesão suspeita.
* Idade e condição clínica do paciente.
* Gravidade dos sintomas.
* Resultados de exame anteriores.

Além de exame físico, podem ser realizados exames como:

* Citologia de Escarro - Se houver razão para suspeitar de câncer de pulmão, o médico colhe material da expectoração do paciente e envia para análise. O patologista que é o profissional especializado observa e poderá eventualmente encontrar células cancerígenas no muco.
* Toracocentese - Este procedimento é utilizado em casos de derrame pleural. É utilizada uma agulha estéril para retirar uma amostra do fluido anormal para exame de laboratório e diagnóstico da amostra.
* Exames de Sangue - Os exames de sangue não são usados para diagnosticar o câncer de pulmão, mas para se ter uma noção do estado geral de saúde do paciente. Os exames bioquímicos do sangue podem ajudar a detectar anormalidades pontuais em alguns órgãos, como fígado ou rins.
* Prova de Função Pulmonar – As provas de função pulmonar são muitas vezes feitas após o diagnóstico do câncer de pulmão para avaliar o funcionamento dos pulmões. Estes testes permitem que o médico decida se a cirurgia é (ou não) uma boa opção, e a quantidade de pulmão que pode ser removida com segurança.  

O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (RaiosX ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia). Esse tipo de radioterapia é conhecido como terapia com feixes externos. Outro tipo de radioterapia muito utilizado no tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células é a braquiterapia. 
A braquiterapia, ao contrário da radioterapia que trata o volume alvo com feixes de radiação externos (a longa distância), utiliza fontes de radiação interna (a curta distância). Na braquiterapia o material radioativo é colocado, por meio de instrumentos específicos, próximo à lesão tumoral. Uma vez terminado o tratamento o material é retirado do corpo. A radiação destrói as células cancerosas que estão localizadas na direção do feixe de radiação, mas também danifica as células normais atingidas por esse feixe, por esta razão, a radioterapia não pode ser utilizada para tratar grandes áreas do corpo.
O tratamento radioterápico geralmente consiste em liberar uma determinada dose de radiação em um alvo, em certo período de tempo.

* Radioterapia Convencional – Hoje já é utilizada com menos frequência do que no passado, uma vez que os médicos preferem técnicas que permitem o tratamento com mais precisão, reduzindo a exposição à radiação dos tecidos saudáveis adjacentes.
* Radioterapia Conformacional - A radioterapia Conformacional está baseada no planejamento tridimensional, permitindo concentrar a radiação na área a ser tratada e reduzir a dose nos tecidos normais adjacentes. Desta forma, o tratamento se torna mais eficaz, com poucos efeitos colaterais, diminuindo as complicações clínicas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
* Radioterapia de Intensidade Modulada - É uma forma de radioterapia tridimensional, onde o equipamento se move em torno do paciente, enquanto libera a radiação. Esta técnica é usada na maioria das vezes, para tumores localizados próximos a estruturas importantes, como a medula espinhal.
* Radioterapia Estereotáxica - É utilizada para tratar cânceres de pulmão em fase inicial, quando a cirurgia não é uma opção devido a outros problemas de saúde do paciente. Ao contrário de outras técnicas de radioterapia, na estereotaxia é administrada uma alta dose de radiação, em vários ângulos, diretamente no volume alvo.

A braquiterapia é utilizada na maioria das vezes para reduzir tumores e para aliviar sintomas provocados pelo câncer de pulmão em uma das vias aéreas. Neste tipo de tratamento, o médico insere uma pequena fonte de material radioativo, na forma de semente, diretamente sob o tumor. Isto é geralmente feito com auxílio de um broncoscópio, mas também pode ser realizado durante a cirurgia. Esta técnica limita os efeitos colaterais sobre os tecidos saudáveis adjacentes. A fonte de radiação é geralmente removida após um curto período de tempo.
A radioterapia com feixes externos é muitas vezes o principal tipo de tratamento do câncer de pulmão, especialmente se o tumor não pode ser removido cirurgicamente devido ao seu tamanho ou localização, ou ainda se o estado geral de saúde do paciente não é bom.
Após a cirurgia, a radioterapia pode ser usada para destruir as células remanescentes. Em alguns casos, a radioterapia pode ser utilizada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor.
O paciente com câncer de pulmão tratado com radioterapia muitas vezes apresenta fadiga e perda de apetite. Se o tratamento inclui a região do pescoço ou parte central do tórax, os pacientes também podem desenvolver dor de garganta e apresentarem dificuldade para engolir. Irritações na pele como queimaduras solares, podem ocorrer no local da irradiação, no entanto a maioria dos efeitos colaterais desaparece logo após o término do tratamento.
Se a radioterapia irrita ou inflama o pulmão, os pacientes podem apresentar febre, tosse ou falta de ar meses e às vezes anos após o término do tratamento. Esta condição ocorre em quase 15% dos pacientes e é chamada pneumonite actínica. Se for leve, a pneumonite não necessita de tratamento. Se a pneumonite for grave, pode requerer tratamento com antinflamatórios hormonais, como prednisona.

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