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sexta-feira, 18 de abril de 2014

Bioenergética: A Energia da Vida




Para ser mais simples, qual é a primeira coisa que você faz ao nascer? Respirar. O bebê tem que respirar e assim todo o sistema começa a funcionar. Quando você pára de respirar, o que acontece? Morre.
Cada emoção que a gente sente tem um reflexo diferente em nossa respiração. Quando você está triste, deprimido, a sua respiração é curta, pequena. Quando você está fazendo amor, a sua respiração é abundante e profunda. Quando você está com raiva, ela é rápida, ofegante. Quando você está com medo, sua respiração quase paralisa. Cada vez que nós queremos/precisamos evitar ou apenas diminuir a intensidade de um sentimento, a nossa respiração encurta e nosso corpo tensiona. Por outro lado, toda vez que permitimos expressar um sentimento, acontece exatamente o contrário: a nossa musculatura se expande e a respiração se amplia, dando uma sensação de alívio.
A respiração é o regulador básico de tudo o que se passa com a gente. Depende dela termos mais ou menos energia para a vida. E ela está extremamente vinculada com a nossa musculatura. Ambas trabalham juntas, comandadas pelo sistema emocional. Veja bem, não é pelo nosso intelecto. Você não pensa o tempo inteiro: “agora vou respirar mais e agora menos”, ou “agora vou me contrair mais ou menos”. 
A resposta imediata que vem ao nosso corpo reflete cada emoção, seja ela natural ou programada.
É mais fácil entender se você observar uma criança pequena. Deixe-a deitada, sem roupa. A sua respiração vai até o genital e tem um ritmo suave e profundo. Entretanto, desde pequenos usamos o nosso corpo para conter sentimentos. “Estou com raiva porque mamãe não me deixa brincar na rua.” A criança sabe que, se expressar essa raiva, vai ser reprimida e até punida. Por isso, aprende a disfarçar seu sentimento e a manipular para conseguir o que quer. Quantas vezes em nossa infância tivemos que esconder o que sentíamos para não sermos punidos? Pouco a pouco, a nossa respiração foi se restringindo. E, com o passar do tempo, o corpo ficou programado para responder automaticamente a situações semelhantes no presente e reforçar ainda mais esse programa. Agora, no mundo adulto, em muitos momentos não conseguimos nos expressar de uma maneira espontânea, mesmo quando intelectualmente sabemos o que devemos fazer.
Mesmo na expressão de alegria e prazer existe essa contenção. Porque muitas vezes os pais, ao verem a criança expressando alegria, acham que ela fez algo errado. Agora, imagina só como isso se reflete nas questões de amor e de sexo. Quantos bloqueios acontecem? Seria muito bom se você se desse conta de como a nossa vida está limitada. Toda a timidez, falta de poder pessoal, de sensualidade, de tesão, de amorosidade, de espontaneidade, estão diretamente vinculados com esse sistema auto repressor.
A bioenergética, através de vários tipos de exercícios em partes diferentes do corpo, pode desprogramar esse sistema fazendo com que seus sentimentos voltem a fluir livremente e, assim, você pare de responder como criança ao mundo adulto. Afinal, agora você é responsável por criar a vida que quer para si mesmo.
O resultado é que cada vez mais você vai conseguir expressar os seus sentimentos, dar importância para a sua qualidade de vida, ficar mais sensível, ter mais clareza e coragem para buscar o que você precisa e quer e não aquilo que os outros esperam de você. 
A bioenergética é um processo para aqueles que realmente querem transformar a sua vida.

sexta-feira, 14 de março de 2014

O Que é Raio X ?



O raio X é um tipo de radiação eletromagnética com frequências superiores às radiações ultravioletas, ou seja, maiores que 1018 Hz. A Descoberta do raio X e a primeira radiografia da história ocorreram em 1895, pelo físico alemão Wilheelm Conrad Rontgen, fato esse que lhe rendeu o prêmio Nobel de física em 1901. Foi durante o estudo da luminescência por raios catódicos num tubo de Crookes que Conrad descobriu esse raio. A denominação “raio X” foi usada por Conrad porque ele não conhecia a natureza da luz que ele tinha acabado de descobrir, ou seja, para ele tratava-se de um raio desconhecido.
Os raios X são obtidos através de um aparelho chamado de Tubo de Coolidge. Esse é um tubo oco, evacuado e que contém um cátodo em seu interior. Quando esse cátodo é aquecido por uma corrente elétrica, que é fornecida por um gerador, ele emite grande quantidade de elétrons que são fortemente atraídos pelo ânodo, chegando a este com grande energia cinética. Quando eles se chocam com o ânodo, transferem energia para os elétrons que estão nos átomos dos ânodos. Os elétrons com energia são acelerados e então emitem ondas eletromagnéticas que são os raios X.
Através de estudos sobre os raios X, Rontgen verificou que os mesmos têm a propriedade de atravessar materiais de baixa densidade, como os músculos, por exemplo, e são absorvidos por materiais com densidades mais elevadas como, por exemplo, os ossos. Foi em razão dessa descoberta que esses raios passaram a ser largamente utilizados para realização de radiografias. Hoje o raio X possui vasto campo de aplicação, além da aplicação nas radiografias. São utilizados, por exemplo, no tratamento de câncer, na pesquisa de estrutura cristalina dos sólidos, na indústria e em muitos outros campos da ciência e da tecnologia.
Os raios X propagam-se com a velocidade da luz e, como qualquer outra onda eletromagnética, esses raios estão sempre sujeitos aos fenômenos da refração, reflexão, difração, polarização e interferência.
Vale lembrar que, assim como outras coisas, esse raio possui ações benéficas e maléficas. A exposição demorada desse raio no corpo humano pode causar sérios danos à saúde como, por exemplo, lesões cancerígenas, morte de células, leucemia, entre outros.

Agentes Cancerígenos - Tabagismo




O cigarro é um dos principais causadores de doenças no mundo. Milhões de pessoas morrem todos os anos por doenças desencadeadas por milhares de substâncias nocivas à saúde presentes no cigarro. Quanto maior o tempo de vício, maiores as chances do fumante desenvolver uma ou mais doenças.
Segundo estudos, pacientes que fumam mais do que um maço de cigarro por dia há pelo menos dez anos têm um risco 60% maior de desenvolver a doença em comparação com aquelas quem fumam menos ou que não são fumantes.

Principais doenças causadas pelo cigarro:

- Câncer de pulmão
- Câncer de boca
- Câncer de laringe
- Câncer de estômago
- Leucemia
- Infarto do miocárdio
- Enfisema nos pulmões
- Impotência sexual
- Bronquite
- Trombose vascular
- Redução da capacidade de aprendizado e memorização (principalmente em crianças e adolescentes)
- Catarata
- Aneurisma arterial
- Rinite Alérgica
- Úlcera do aparelho digestivo
- Infecções respiratórias
- Angina

Portanto, a melhor saída é parar de fumar imediatamente, antes de desenvolver uma destas doenças. Os médicos afirmam que, o corpo humano leva de um a dois anos para limpar os resíduos deixados pelo cigarro num ex-fumante. E para aqueles que não fumam, vale a pena dizer que a nicotina é uma substância que vicia rapidamente. Experimentar um cigarro pode ser a porta de entrada para este perigoso vício.

Importante: o fumante passivo (aquele que fica em ambientes fechados respirando a fumaça de cigarro) também pode desenvolver algumas das doenças acima, principalmente as respiratórias.

quarta-feira, 12 de março de 2014

A Virusterapia Contra o Câncer



A cura do câncer é o sonho de muitos pesquisadores e nos últimos anos uma técnica que pode revolucionar o tratamento da doença vem se aperfeiçoando: a virusterapia, o uso de vírus geneticamente modificados para atacar as células tumorais.
A Fundação Instituto Leloir, da Argentina, anunciou recentemente dois importantes avanços. Junto a colegas de Chile, Grã-Bretanha e Estados Unidos, os cientistas da instituição conseguiram adaptar um vírus que causa conjuntivite, o adenovírus, para atacar com sucesso o câncer de pele e de pâncreas em camundongos.
O diretor da equipe do Leloir, Osvaldo Podhajcer, chefe do Laboratório de Terapia Celular e Molecular e pesquisador sênior do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet), disse à BBC Mundo que foi possível reduzir ou eliminar tumores sem danificar outros tecidos. Isso ocorreu porque os cientistas modificaram o DNA de modo que o vírus só possa se reproduzir em células cancerosas.
A técnica representa um grande avanço em relação aos tratamentos convencionais para o câncer, como a quimioterapia ou radioterapia, que deixam sequelas graves. Além disso, o trabalho pode ter um enorme impacto sobre a cura do melanoma e do câncer de pâncreas, duas das doenças mais mortais. “Pela primeira vez que conseguimos mudar geneticamente um vírus para tirar vantagem das características das células cancerosas e as atacar”, disse Podhajcer.
Segundo o especialista, isto deu ao vírus 40% mais de eficácia. Apesar da importância destes estudos, os autores ressaltaram que ainda é muito cedo para estabelecer se o impacto real será a cura para o câncer. Primeiro, é preciso percorrer todas as etapas de testes pré-clínicos e clínicos, um longo processo que leva anos e exige grande financiamento.
Se tudo der certo, o Instituto Leloir estima que o tratamento estaria disponível em cerca de cinco anos. No entanto, Cazap adverte que muitos casos de sucesso em roedores não funcionam em testes em humanos. “O potencial dessas descobertas é muito interessante, mas você tem que ver se funcionam”, disse ele.

Riscos

Quando se fala de um vírus geneticamente modificado, há sempre o temor de que esses avanços científicos representem um grande risco no futuro, a possibilidade de causarem uma pandemia. O vírus que causa a gripe e conjuntivite, o adenovírus, atacou com sucesso o câncer de pele e de pâncreas em roedores.
O trabalho sobre o câncer de pâncreas foi feito em parceria com duas universidades do Chile, Concepción e Andrés Bello, o que é raro na América Latina. Os cientistas estabeleceram um marco ao compactarem o ADN para fazer com que o vírus se multiplique mais rápido.
O estudo foi publicado na revista Molecular Therapy, da Associação Americana de Terapias Celulares e Genéticas. Enquanto isso, a pesquisa sobre o câncer de pele foi feita em conjunto com as universidades de Londres, Birmingham e St. Louis, onde também houve progresso.
"Pela primeira vez que conseguimos mudar geneticamente um vírus para tirar vantagem das características das células cancerosas e as atacar", disse Podhajcer.
O melanoma é um dos tipos de câncer mais difíceis de se tratar sem intervenção cirúrgica
Segundo o especialista, isto deu ao vírus 40% mais de eficácia.
O trabalho foi publicado no Journal of Investigative Dermatology.
Apesar da importância destes estudos, os autores ressaltaram que ainda é muito cedo para estabelecer se o impacto real será a cura para o câncer. Primeiro, é preciso percorrer todas as etapas de testes pré-clínicos e clínicos, um longo processo que leva anos e exige grande financiamento. Se tudo der certo, o Instituto Leloir estima que o tratamento estaria disponível em cerca de cinco anos.
No entanto, Cazap adverte que muitos casos de sucesso em roedores não funcionam em testes em humanos.
"O potencial dessas descobertas é muito interessante, mas você tem que ver se funcionam", disse ele.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/09/130905_visus_resfriado_cancer_rp.shtml

terça-feira, 4 de março de 2014

Câncer de Pulmão e a Radioterapia



O câncer de pulmão se desenvolve a partir do crescimento desordenado das células provocando o aparecimento de um tumor. Esse tumor têm a capacidade de se espalhar para outras partes do corpo.
Os diferentes tipos de câncer de pulmão podem aparecer também em diferentes tipos de células que pertencem ao órgão, por exemplo, nos brônquios, nos bronquíolos ou nos alvéolos.
Para o diagnóstico de câncer de pulmão os médicos utilizam uma série de exames que ajudam também a verificar se a doença já está disseminada. Alguns exames permitem determinar quais tipos de tratamentos serão mais eficazes.Para a maioria dos tipos de câncer, a biópsia é a única maneira de fazer um diagnóstico definitivo de câncer.
Para definir o tipo de exame adequado para cada paciente o médico leva em conta fatores como:

* Tamanho, localização e tipo de lesão suspeita.
* Idade e condição clínica do paciente.
* Gravidade dos sintomas.
* Resultados de exame anteriores.

Além de exame físico, podem ser realizados exames como:

* Citologia de Escarro - Se houver razão para suspeitar de câncer de pulmão, o médico colhe material da expectoração do paciente e envia para análise. O patologista que é o profissional especializado observa e poderá eventualmente encontrar células cancerígenas no muco.
* Toracocentese - Este procedimento é utilizado em casos de derrame pleural. É utilizada uma agulha estéril para retirar uma amostra do fluido anormal para exame de laboratório e diagnóstico da amostra.
* Exames de Sangue - Os exames de sangue não são usados para diagnosticar o câncer de pulmão, mas para se ter uma noção do estado geral de saúde do paciente. Os exames bioquímicos do sangue podem ajudar a detectar anormalidades pontuais em alguns órgãos, como fígado ou rins.
* Prova de Função Pulmonar – As provas de função pulmonar são muitas vezes feitas após o diagnóstico do câncer de pulmão para avaliar o funcionamento dos pulmões. Estes testes permitem que o médico decida se a cirurgia é (ou não) uma boa opção, e a quantidade de pulmão que pode ser removida com segurança.  

O tratamento radioterápico utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células anormais que formam um tumor. Existem vários tipos de radiação, porém as mais utilizadas são as eletromagnéticas (RaiosX ou Raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia). Esse tipo de radioterapia é conhecido como terapia com feixes externos. Outro tipo de radioterapia muito utilizado no tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células é a braquiterapia. 
A braquiterapia, ao contrário da radioterapia que trata o volume alvo com feixes de radiação externos (a longa distância), utiliza fontes de radiação interna (a curta distância). Na braquiterapia o material radioativo é colocado, por meio de instrumentos específicos, próximo à lesão tumoral. Uma vez terminado o tratamento o material é retirado do corpo. A radiação destrói as células cancerosas que estão localizadas na direção do feixe de radiação, mas também danifica as células normais atingidas por esse feixe, por esta razão, a radioterapia não pode ser utilizada para tratar grandes áreas do corpo.
O tratamento radioterápico geralmente consiste em liberar uma determinada dose de radiação em um alvo, em certo período de tempo.

* Radioterapia Convencional – Hoje já é utilizada com menos frequência do que no passado, uma vez que os médicos preferem técnicas que permitem o tratamento com mais precisão, reduzindo a exposição à radiação dos tecidos saudáveis adjacentes.
* Radioterapia Conformacional - A radioterapia Conformacional está baseada no planejamento tridimensional, permitindo concentrar a radiação na área a ser tratada e reduzir a dose nos tecidos normais adjacentes. Desta forma, o tratamento se torna mais eficaz, com poucos efeitos colaterais, diminuindo as complicações clínicas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.
* Radioterapia de Intensidade Modulada - É uma forma de radioterapia tridimensional, onde o equipamento se move em torno do paciente, enquanto libera a radiação. Esta técnica é usada na maioria das vezes, para tumores localizados próximos a estruturas importantes, como a medula espinhal.
* Radioterapia Estereotáxica - É utilizada para tratar cânceres de pulmão em fase inicial, quando a cirurgia não é uma opção devido a outros problemas de saúde do paciente. Ao contrário de outras técnicas de radioterapia, na estereotaxia é administrada uma alta dose de radiação, em vários ângulos, diretamente no volume alvo.

A braquiterapia é utilizada na maioria das vezes para reduzir tumores e para aliviar sintomas provocados pelo câncer de pulmão em uma das vias aéreas. Neste tipo de tratamento, o médico insere uma pequena fonte de material radioativo, na forma de semente, diretamente sob o tumor. Isto é geralmente feito com auxílio de um broncoscópio, mas também pode ser realizado durante a cirurgia. Esta técnica limita os efeitos colaterais sobre os tecidos saudáveis adjacentes. A fonte de radiação é geralmente removida após um curto período de tempo.
A radioterapia com feixes externos é muitas vezes o principal tipo de tratamento do câncer de pulmão, especialmente se o tumor não pode ser removido cirurgicamente devido ao seu tamanho ou localização, ou ainda se o estado geral de saúde do paciente não é bom.
Após a cirurgia, a radioterapia pode ser usada para destruir as células remanescentes. Em alguns casos, a radioterapia pode ser utilizada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor.
O paciente com câncer de pulmão tratado com radioterapia muitas vezes apresenta fadiga e perda de apetite. Se o tratamento inclui a região do pescoço ou parte central do tórax, os pacientes também podem desenvolver dor de garganta e apresentarem dificuldade para engolir. Irritações na pele como queimaduras solares, podem ocorrer no local da irradiação, no entanto a maioria dos efeitos colaterais desaparece logo após o término do tratamento.
Se a radioterapia irrita ou inflama o pulmão, os pacientes podem apresentar febre, tosse ou falta de ar meses e às vezes anos após o término do tratamento. Esta condição ocorre em quase 15% dos pacientes e é chamada pneumonite actínica. Se for leve, a pneumonite não necessita de tratamento. Se a pneumonite for grave, pode requerer tratamento com antinflamatórios hormonais, como prednisona.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Biomarcadores da Doença Retocolite Ulcerosa e Diagnóstico não Invasivo




O tecido linfático, a medula óssea e a mucosa do trato gastrointestinal são, na ordem, os tecidos mais sensíveis à radioterapia no corpo humano. Um novo tratamento se mostrou muito promissor contra a doença de Crohn e a colite ulcerosa, graves inflamações intestinais crônicas.
Uma nova molécula, a vedolizumab, do laboratório japonês Takeda, oferece esperança renovada aos quase quatro milhões de pessoas que sofrem de alguma destas duas doenças autoimunes, afirmam cientistas que realizaram estes estudos clínicos, publicados na revista New England Journal of Medicine.
O tratamento é muito direcionado, o que limita o risco de efeitos colaterais, enquanto os tratamentos tradicionais são acompanhados de efeitos como perda de peso, náuseas ou dor de cabeça.
Além disso, os medicamentos convencionais contra a doença de Crohn e a colite ulcerosa fragilizam o sistema imunológico, o que por sua vez aumenta o risco de infecções.
Esta doença pode provocar complicações graves, como oclusão intestinal, desnutrição ou câncer de cólon, às vezes uma extirpação cirúrgica de parte do intestino.
A (RCU) é uma das formas mais comuns das doenças inflamatórias intestinais (DII) e representa um sério problema de saúde pública. Este estudo procura avaliar, de forma exploratória, o uso de biomarcadores e o aprimoramento no diagnóstico laboratorial não invasivo e diferencial. O artigo é uma pesquisa exploratória com relato de caso, onde foram utilizados dados clínicos e exames laboratoriais. 
Apesar disso, a avaliação combinada do p-ANCA e ASCA possui especificidade maior  que 90%. 

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Radiocirurgia: Conheça um Pouco Mais




Radiocirurgia, ou tratamento não-invasivo realizado com radiação, é uma opção interessante para aqueles que sofrem das doenças do cérebro e de outras partes do corpo, ao qual o acesso cirúrgico convencional é perigoso ou impossível. É a aplicação de uma dose elevada de radiação a uma parcela específica do corpo.
De acordo com IRSA há três tipos básicos de radiocirurgia:

* Feixe de partículas (próton)
* Cobalto 60 (fóton)
* Acelerador linear
Cada caso individualmente requer atenção especial, mas, generalizando, os prós e contras mais importantes são os seguintes:

Benefícios:

* Aplicado em uma única sessão 
* Usado em uma base do hospital-dia; não há permanência longa nem cara no hospital 
* O tempo mínimo de “recuperação” equivale-se com o da cirurgia convencional 
* Sucesso documentado para aplicações específicas 
* Não invasivo; elimina praticamente o potencial para infecções sérias. 
* Todos os efeitos colaterais agudos são normalmente transientes.

Complicações:

Os efeitos colaterais não são incomuns e incluem: 
Edema: - Pode causar sintomas neurológicos transientes (déficits); os corticosteróides algumas vezes são prescritos para combater o edema; os casos graves podem até requerer a colocação cirúrgica de uma derivação no intuito de aliviar o acúmulo de líquido. 
Necrose - morte de tecido saudável. Se qualquer tecido saudável for exposto à radiação, pode resultar em efeitos deletérios.

* Complicações de início tardio induzidos por radiação, pode-se passar de seis a nove meses até que surjam. Estas complicações são, em geral, permanentes.

Não houve ainda um estudo 100% conclusivo comprovando que a radiocirurgia é uma solução eficaz. Por enquanto apenas alguns estudos retrospectivos foram feitos, e nenhum estudo randomizado está terminado. Não existe evidência irrefutável mostrando que a radiocirurgia reduz ou elimina os eventos, quando comparada com a história natural da doença. 
Assim, mesmo após o tratamento, existe risco permanente de hemorragia. O risco de lesão pela radiação é significativo e deve ser considerado e comparado com os resultados do tratamento cirúrgico convencional das lesões. O revés é que a cirurgia convencional traz com ela um período de internação mais longo. Em alguns casos, se a lesão não é ressecada completamente, ela regenera-se. 
Naturalmente, há os exemplos em que a lesão é agressiva e cirurgicamente inacessível, sem que haja sério risco de mortalidade. É a este subconjunto de pacientes que, quando todas alternativas restantes foram consideradas e rejeitadas, o Gamma Knife passar a ser o tratamento recomendado.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

HIV e a RadioImunoterapia



A terapia antirretroviral altamente ativa (HAART, na sigla em inglês), é capaz de melhorar a qualidade de vida de infectados pelo HIV e reduzir em 96% a taxa de transmissão do vírus, já que suprimi a sua replicação no organismo. No entanto, os cientistas já haviam identificado reservatórios de células infectadas de forma latente que persistiam no corpo, o que impossibilitava uma cura permanente.
- Num paciente tratado com HAART, as drogas suprimem a replicação viral, o que significa que elas baixam o número de partículas virais na corrente sanguínea. Entretanto, o HAART não pode matar as células infectadas pelo HIV - disse Ekaterina Dadachova, professora de radiologia, microbiologia e imunologia da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, e principal autora do estudo. - Qualquer estratégia para curar a infecção pelo HIV deve incluir um método para eliminar as células infectadas por vírus.
Em seu estudo, Ekaterina e uma equipe de pesquisadores administraram radioimunoterapia em amostras de sangue de 15 pacientes com HIV tratados com HAART no Centro Einstein-Montefiore para Pesquisas da Aids.
Historicamente utilizada para combater tumores, a radioimunoterapia usa células de anticorpos monoclonais - clonados a partir de um linfócito B -, que são recrutadas pelo sistema imunológico para identificar e neutralizar os antígenos, objetos estranhos tais como bactérias e vírus que estimulam uma resposta imune no organismo.
Concebido para reconhecer e se ligar a um antigénio celular específico, o anticorpo utilizado na terapia é combinado em laboratório com um isótopo radioativo. Quando injetado na corrente sanguínea do paciente, ele viaja para a célula-alvo, onde a radiação é então introduzida.
- Na radioimunoterapia os anticorpos se ligam às células infectadas e as matam por radiação - afirmou Ekaterina. - Quando ela é combinada com o HAART, eles matam o vírus e as células infectadas, respectivamente.
Os pesquisadores uniram o anticorpo monoclonal (mAb2556), projetado para atacar uma proteína expressa na superfície das células infectadas pelo HIV, com o radionuclídeo bismuto-213.
- Os testes eliminaram pelo menos mais da metade de todas as células infectadas em cada amostra. Em muitos casos, eliminaram todas as células - explicou a pesquisadora ao GLOBO.
No geral, a infecção foi reduzida a níveis indetectáveis, e as células infectadas foram destruídas sem prejuízo para as células vizinhas.
Uma parte importante do estudo testou a capacidade do anticorpo radiomarcado de atingir células infectadas com o HIV no cérebro e no sistema nervoso central (SNC). Utilizando um modelo in vitro da barreira hematoencefálica - estrutura membrânica que atua principalmente para proteger o SNC -, os investigadores demonstraram que o novo anticorpo conseguiu atravessá-la e matar as células infectadas pelo HIV, sem qualquer dano para a membrana.
- O tratamento antirretroviral penetra apenas parcialmente a barreira hematoencefálica, o que significa que, mesmo se um paciente está livre de HIV de forma sistêmica, o vírus ainda é capaz de a atingir o cérebro, causando transtornos cognitivos e declínio mental - relatou Ekaterina. - O nosso estudo mostrou que a radioimunoterapia é capaz de matar as células infectadas por HIV, tanto sistemicamente quanto no sistema nervoso central.
Mesmo em níveis indetectáveis, a infecção pode voltar nos casos em que as células infectadas não foram completamente removidas.
- É por isso que planejamos administrar o tratamento ao menos duas vezes nos pacientes no futuro - contou Ekaterina.
Ensaios clínicos em pacientes com HIV são o próximo passo da pesquisa. Segundo estimativas da pesquisadora, os testes devem ser realizados em meados de 2014.