Radiocirurgia, ou tratamento não-invasivo realizado com radiação, é uma opção interessante para aqueles que sofrem das doenças do cérebro e de outras partes do corpo, ao qual o acesso cirúrgico convencional é perigoso ou impossível. É a aplicação de uma dose elevada de radiação a uma parcela específica do corpo.
De acordo com IRSA há três tipos básicos de radiocirurgia:
* Feixe de partículas (próton)
* Cobalto 60 (fóton)
* Acelerador linear
Cada caso individualmente requer atenção especial, mas, generalizando, os prós e contras mais importantes são os seguintes:
Benefícios:
* Aplicado em uma única sessão
* Usado em uma base do hospital-dia; não há permanência longa nem cara no hospital
* O tempo mínimo de “recuperação” equivale-se com o da cirurgia convencional
* Sucesso documentado para aplicações específicas
* Não invasivo; elimina praticamente o potencial para infecções sérias.
* Todos os efeitos colaterais agudos são normalmente transientes.
Complicações:
Os efeitos colaterais não são incomuns e incluem:
Edema: - Pode causar sintomas neurológicos transientes (déficits); os corticosteróides algumas vezes são prescritos para combater o edema; os casos graves podem até requerer a colocação cirúrgica de uma derivação no intuito de aliviar o acúmulo de líquido.
Necrose - morte de tecido saudável. Se qualquer tecido saudável for exposto à radiação, pode resultar em efeitos deletérios.
* Complicações de início tardio induzidos por radiação, pode-se passar de seis a nove meses até que surjam. Estas complicações são, em geral, permanentes.
Não houve ainda um estudo 100% conclusivo comprovando que a radiocirurgia é uma solução eficaz. Por enquanto apenas alguns estudos retrospectivos foram feitos, e nenhum estudo randomizado está terminado. Não existe evidência irrefutável mostrando que a radiocirurgia reduz ou elimina os eventos, quando comparada com a história natural da doença.
Assim, mesmo após o tratamento, existe risco permanente de hemorragia. O risco de lesão pela radiação é significativo e deve ser considerado e comparado com os resultados do tratamento cirúrgico convencional das lesões. O revés é que a cirurgia convencional traz com ela um período de internação mais longo. Em alguns casos, se a lesão não é ressecada completamente, ela regenera-se.
Naturalmente, há os exemplos em que a lesão é agressiva e cirurgicamente inacessível, sem que haja sério risco de mortalidade. É a este subconjunto de pacientes que, quando todas alternativas restantes foram consideradas e rejeitadas, o Gamma Knife passar a ser o tratamento recomendado.